domingo, 20 de outubro de 2013

Ligação a Sines pode arrancar "a partir de 2014"


Passos diz que ajudas europeias podem permitir o arranque em 2014 da ligação do Porto de Sines à rede ferroviária europeia.
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje esperar que "a partir de 2014" sejam transferidas para Portugal ajudas europeias que permitam o arranque das obras de ligação do Porto de Sines à rede ferroviária europeia.
Sem apontar "uma data fixa" para a conclusão dessas obras, o chefe do executivo PSD/CDS-PP manifestou "confiança em como haverá uma grande cooperação com o Governo espanhol" para garantir a ligação ao centro da Europa a partir de Sines de forma a aproveitar o tráfego de grandes navios porta-contentores que resultará do alargamento do Canal do Panamá.
Pedro Passos Coelho visitou hoje, juntamente com o Presidente da República, Cavaco Silva, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, a eclusa de Miraflores, do lado do Pacífico do Canal do Panamá, perto da Cidade do Panamá, à margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana.
No final desta visita, questionado se o arranque da ligação ferroviária ao porto de águas profundas de Sines não poderá acontecer demasiado tarde, o primeiro-ministro referiu que essa ligação é candidatável ao novo ciclo de fundos europeus 2014-2020.
"Ora, nós podemos, logo a partir de 2014, ter, por ajudas que são transferidas à cabeça, garantia de que as obras poderão arrancar, caso exista uma boa coordenação com o Governo para que essas obras tenham continuidade do lado espanhol também", acrescentou.
Quanto à conclusão dessas obras, afirmou: "Não tenho nesta altura ainda uma data fixa para a poder anunciar. O que posso dizer é que estamos a fazer tudo para que não haja um grande desfasamento entre a oportunidade que se abre aqui [com o alargamento do Canal do Panamá] até meio, fim de 2015, e as obras do lado de Sines, que permitirão levar a ligação de Sines até à fronteira espanhola".
Segundo o primeiro-ministro, "depois da fronteira espanhola os trabalhos estão já bastante avançados e, portanto, será mais simples concluir a ligação a Madrid".
Para lá de Madrid, "é preciso coordenar com o Governo espanhol a ligação mediterrânica, que está ainda também a ser equacionada do lado espanhol", prosseguiu, acentuando que o Governo português tem procurado uma posição concertada com o executivo de Espanha.
"Eu tenho confiança em como haverá uma grande cooperação com o Governo espanhol justamente para garantir que as ligações a todo o 'interland' ibérico a partir de Sines possam estar concluídas tão rapidamente quanto possível, de forma a aproveitar esta grande possibilidade que se abre a partir de 2015 com as obras de ampliação do Canal do Panamá", declarou.
Passos Coelho assinalou que "essa ligação de Sines até Madrid" está "prevista na carta europeia das redes ferroviárias" e poderá ser candidatada "já no próximo Quadro Estratégico de Referência Nacional (QREN)".
"O que significa, portanto, que, quer através do próprio programa português, quer através da chamada 'european connecting facilities', que permite a candidatura de projectos de redes transeuropeias ao financiamento comunitário, nós teremos condições, juntamente com a Espanha, de poder concretizar esta ligação dentro de um tempo que seja favorável às obras de conclusão aqui da ampliação do Canal do Panamá", considerou.
Fonte: Diário Económico.

Cavaco Silva: Sines pode ser a "porta de entrada" de mercadorias na Europa



O Presidente da República Portuguesa considerou durante uma visita ao Canal do Panamá, que, com o alargamento desta ligação entre o Pacífico e o Atlântico, Sines poderá tornar-se a "porta de entrada" de mercadorias na Europa.
"O Canal do Panamá, com a extensão que está em curso, vai passar a desempenhar um papel ainda maior no comércio e no investimento internacional, mas abre também novas potencialidades para Portugal, e em particular para o Porto de Sines", declarou Cavaco Silva aos jornalistas, com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ao seu lado.

Segundo o chefe de Estado português, "sendo Sines um dos melhores portos de águas profundas da Europa, pode ser de facto a porta de entrada das mercadorias vindas da Ásia e vindas de algumas partes aqui da América Latina e da Austrália para a Europa".

À margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana, que começa hoje na Cidade do Panamá, Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho visitaram a eclusa de Miraflores, no lado do Pacífico do Canal do Panamá, juntamente com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.

Os três assistiram a uma exposição sobre o impacto que o alargamento desta ligação marítima poderá ter no Porto de Sines e sobre a expansão deste porto, feita pela PSA, empresa de Singapura que tem a concessão deste terminal português e também explora um terminal no Canal do Panamá.

"É um projecto de grande ambição, mas que nos deixa muito satisfeitos com as possibilidades futuras que Portugal l tem neste domínio da logística dos portos", comentou Cavaco Silva, referindo-se à expansão do Porto de Sines, que segundo a apresentação feita pela PSA pode aumentar de 300 para 1000 o número de trabalhadores deste terminal.

O Presidente da República referiu que nunca tinha estado antes no Canal do Panamá e lamentou não ter assistido à passagem de nenhuma embarcação pela eclusa de Miraflores, através da subida ou descida do nível da água, um processo que leva cerca de dez minutos.

"Imagino que funciona como as eclusas que temos no nosso rio Douro. Gostaria de ter visto passar aqui um dos navios de contentores, não é a hora adequada para isso, ficará para outra oportunidade", disse.

Fonte: Jornal de Negócios.

Teatro do Mar estreou nova produção


A companhia Teatro do Mar, de Sines, estreou este sábado, 19, “A Magia das Águas”, um espectáculo de rua vocacionado para crianças, mas destinado a públicos de todas as idades, cuja mensagem se centra na poluição dos oceanos.
A peça é baseada num texto do autor brasileiro José Facury, com adaptação e encenação de Julieta Aurora Santos, directora da companhia.
O espectáculo “A Magia das Águas” é, segundo o Teatro do Mar, representado por bonecos e actores, num cenário que parte de um triciclo motorizado, um “veículo muito utilizado pelos pescadores” da região de Sines.
A criação da companhia do Litoral Alentejano conta a história de dois pescadores que têm de procurar oferendas para uma princesa sereia, filha do Rei dos Mares, mas que só conseguem encontrar lixo.
A humanidade vê-se então a braços com a ira do deus Neptuno, que ordena aos oceanos que cubram a Terra.
A história tem um final feliz, graças à intervenção “de um golfinho e da Rainha e do Mar”, bem como à “humildade” dos pescadores.
Neptuno envia depois os homens à Terra, na “importante e decisiva missão” de alertar para “o perigo da poluição dos mares e a fundamental preservação da natureza”.
A estreia acontece este sábado à tarde no Pátio das Artes, em Sines, um espaço ao ar livre, situado junto ao Centro de Artes e inaugurado em Julho pela Câmara Municipal.
O espectáculo terá ainda apresentações no domingo, 20, nos bairros da Floresta e 1º de Maio, e no sábado seguinte, 26, no Jardim das Descobertas e no Largo do Castelo.

Fonte: Correio do Alentejo

terça-feira, 29 de maio de 2012

Porto de Singapura quer investir em Sines

 
 
Cavaco Silva ouviu do presidente da empresa que gere o porto de Singapura a necessidade de Sines dispor de ligações ferroviárias «muito boas» e «muito rápidas».

Os responsáveis do porto de Singapura garantiram, esta segunda-feira, que pretendem investir no porto de Sines, que é um «bom lugar e tem uma boa localização».
Durante uma visita de Cavaco Silva a este que é o maior porto do mundo, o Presidente da República lembrou que «Sines está mesmo em frente ao canal do Panamá».
Fock Siew Wah, presidente da PSA, que gere este porto explicou que são necessárias «muito boas ligações ferroviárias, mas muito rápidas».
«É isso que estamos a tentar fazer», acrescentou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, numa visita a este porto, de 600 hectares de tamanho e que movimenta por mês 2,5 milhões de contentores, precisamente a mesma quantidade que Portugal pretende vir a movimentar em Sines mas por ano.

Fonte: TSF

Bruxelas quer ligação entre Sines e Madrid que suporte pelo menos 200 km/h


Bruxelas enviou uma carta aos Governos de Portugal e de Espanha a defender a construção de uma linha ferroviária, quanto antes, entre Sines, Lisboa e Madrid, que possa suportar velocidades de pelo menos 200km/H, segundo um jornal espanhol.
O El Periodico de Extremadura refere que a carta, datada de 18 de maio, foi enviada pelo coordenador de Transportes da Comissão Europeia, o italiano Sechhi ao ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira e à ministra do Fomento espanhol, Ana Pastor.
Nessa carta, e segundo o jornal, Sechhi defende a construção da ligação, quanto antes e independentemente se a linha é para comboios convencionais ou de alta velocidade, que una as duas capitais em menos de cinco horas com comboios a 200 km/h.
Essa linha suportaria mercadorias de Sines e a CE refere que poderia ser adaptada, a médio prazo, a alta velocidade.
Bruxelas defende a construção de uma ligação entre Évora e a fronteira para garantir uma ligação mais direta do que a atual.
Declarando-se consciente das dificuldades financeiras que atravessa Portugal, Sechhi refere na carta, ainda segundo o mesmo jornal, que uma das hipóteses poderia ser construir uma linha convencional.
Posteriormente, e quando a conjuntura económica melhore, modernizar-se-ia o traçado para aguentar comboios de 250 ou 300 km/h.
Detalhando a sua proposta, Secchi refere que, numa primeira fase, seria construída a plataforma do traçado Évora-Caya com via dupla, com linhas de bitola ibérica (1,666 metros) como os existentes em toda a rede convencional dos dois paíss.
Esta "seria adaptada a bitola internacional (1,435 metros e usado na maior parte da Europa para a alta velocidade) no futuro", refere.
Isso "permitiria garantir de forma relativamente rápida o funcionamento da linha de mercadorias entre Sines e Madrid e, ao mesmo tempo, efetuar a conexão entre Lisboa e Madrid em quatro horas e meia ou cinco com velocidades de 200 km/h".
Desta forma, Portugal poderia garantir "em um relativamente curto espaço de tempo, ligar o porto de Sines com Espanha e até França, proporcionando, além disso, uma melhor conexão de passageiros" entre as duas capitais e "permitindo fechar o ramal de Cáceres".
Para uma fase posterior, à espera de que Espanha termine as obras do AVE (TGV) até Badajoz, ficaria pendente a eletrificação da linha e a instalação dos sistemas de segurança e sinalização para comboios de alta prestação.
Contempla também a proposta, quando "a disponibilidade financeira o permita", realizar a modernização dos traçados atuais de Évora a Lisboa e a Sines.
Secchi defende a viabilidade económica da proposta já que a curto prazo se reduziriam os custos face ao abandonado TGV e sendo que o grosso das obras seriam cofinanciadas "até 95 por cento" -- com fundos europeus.
Sem referir o custo estimado da infraestrutura, o responsável europeu defende que o desenvolvimento da linha por fases "possibilitaria minimizar as necessidades de financiamento próprio" por parte de Portugal, utilizando Fundos de Coesão do período 2007-2014, parte das ajudas concedidas pela Rede Transeuropeia de Transportes ao troço Caya-Poceirão (245 milhões de euros) e com fundos adicionais do próximo orçamento 2014-2020.
O responsável europeu pede uma reunião das três partes para discutir a proposta e assegura que, com este plano, Espanha teria garantida a obtenção de fundos europeus aprovados para o AVE a Badajoz no período 2007-2014.

Fonte: Ionline

CDS-PP de Sines acusa Câmara Municipal de "Hipocrisia"


CDS-PP acusa a Câmara Municipal de Sines de “Hipocrisia” na situação do Parque do Campismo. O anúncio da reabertura perante a baixa oferta de alojamento turistico, é de uma total hipocrisia, porque a baixa oferta existente é proveniente da falta de um plano eficaz para o Turismo, e a total apatia e incompetência do executivo, que manteve o Parque de Campismo encerrado durante anos, não se opos a destruição da Pousada da Juventude e anda há anos sem conseguir resolver o problema das AutoCaravanas em Porto Covo. O Parque de Campismo vai ser entregue a terceiros, de mão beijada, sem a Câmara conseguir aproveitar a situação para produzir receitas próprias. As declarações da Sra.Vereadora do Urbanismo, são de uma total hipocrisia, que visa deitar areia nos olhos da população de Sines, proclamando uma solução para um problema, do qual este executivo tem todas as responsabilidades.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

"Bola de sabão" parou refinaria de Sines



A refinaria de Sines foi obrigada na passada sexta-feira a parar na sequência de um acidente que provocou uma densa e persistente nuvem de fumo que se estendeu ao longo de quilómetros. Tudo por causa de uma "bola de sabão".


Um trabalhador da Petrogal, que pediu o anonimato, contou como tudo aconteceu: o equipamento de refinação de hidrocarbonetos dispõe de um sistema de purgantes destinado a libertar a humidade produzida durante o processo de transformação do crude. Por volta das 9h daquele dia, com a mudança repentina na direcção do vento, formou-se uma inesperada nuvem de espuma, semelhante a uma enorme bola de sabão, que foi "explodir" em cima de um transformador eléctrico destinado a receber a energia eléctrica que serve a refinaria, provocando um curto- circuito.

Como não existe um sistema alternativo para o fornecimento de electricidade, foi necessário recorrer a uma solução de emergência - a interrupção da produção -, explicou a Dário Cardador, dirigente da Quercus no litoral alentejano, o presidente da Câmara de Sines, Manuel Coelho, numa resposta a que o PÚBLICO teve acesso.

Diz o autarca que o problema que forçou a paragem da refinaria terá tido origem "num curto-circuito acidental" no sistema eléctrico que serve a Petrogal em Sines. E salienta que foi necessário parar a produção "para garantir a segurança do processo e a defesa do ambiente", uma medida de recurso que provocou uma intensa emissão de fumo negro, com origem na flare - chama que fica acesa nas torres da refinaria para queimar os gases que não podem ser aproveitados.

O funcionário da empresa explicou que foi necessário, por razões de segurança, "canalizar para a flare toneladas de gases para queima resultantes da despressurização" das unidades de refinação.

António Correia, morador em Sines, disse que pela sua "grande intensidade", a nuvem de fumo negro, que se manteve entre as 9h e as 13h, "sobressaltou" a população, "já muito causticada" pelos problemas associados à refinaria.

A Petrogal, questionada ontem sobre o assunto, apenas respondeu que a "refinaria está a funcionar em pleno".

Fonte: Público